6 de abril de 2009

Fã do Kiss segue a banda durante turnê


Ele está pronto para o maior espetáculo da Terra. E não apenas uma vez. O paulista Wellington Ramos, 26 anos, desembarcou em Buenos Aires no último dia 31. Escolheu o destino de suas férias por um único motivo: a Argentina é um dos países que recebe a turnê de 35 anos do CD Kiss Alive.


Quando o Kiss anunciou os shows na América Latina, Wellington programou as suas férias para que pudesse assistir o maior número de apresentações. Após o primeiro show na Argentina Wellington conheceu alguns dos integrantes da banda na After Party, evento que aconteceu após a apresentação, conseguindo fotos e autógrafos dos seus ídolos.

Fã da banda desde os 10 anos, Well (como é conhecido) voltará a São Paulo para assistir ao show do dia 07, no Anhembi. De lá, ele segue de avião e encerra a maratona no Rio de Janeiro no dia 8, último show da turnê Kiss Alive 35 em nosso país. Ele acredita que a “brincadeira” lhe custará por volta de R$ 3 mil, gastos que incluem os ingressos para os três shows, passagens aéreas, hospedagem e refeições.

Wellington conta que, quando criança, procurava uma banda com a qual se identificasse: “Nesta busca eu achei o KISS. Uma banda diferente de todas as outras”, afirma. Ele guarda vários materiais como LPs, CDs, Camisetas, Livro, e um autografo de Bruce Kulick (integrante do Kiss entre 1984 e 1996) que conseguiu na ExpoKISS. Além disso, Well assistiu ao show “Psycho Circus 3D tour”, na última passagem da banda pelo Brasil em 1999.

Para definir a banda preferida, Well utiliza uma frase do colega, e presidente do Fã Clube KISS Army Brasil, Roberto Simmons “O KISS é magia, um vírus que se pegar não tem mais jeito". Entre suas músicas prediletas estão “Deuce”, “Strutter”, “Love Gun” e” Detroit Rock City”.

No entanto a sua admiração pelo KISS vai muito além da música: “O KISS teve a idéia de transformar seus shows em grandes espetáculos com efeitos pirotécnicos, e também são pioneiros na criação do que costumo chamar de “rock-marketing”. Basta observar o poder que o nome do KISS adquiriu ao longo dos anos. É Isso que me faz ser um admirador do KISS”, afirma Well.

11 de setembro de 2008

Ídolo e fã: identidades misturadas

Matéria de Camila Diniz, Douglas Britto e Ana Raquel Samadello


Nos estádios de futebol ou nas casas de show não é difícil encontrar pessoas que fizeram verdadeiros sacrifícios para estar ali presentes. O momento perto do "objeto de desejo", para muitos, é nada menos do que uma conquista na vida. Muitos fazem disso parte da identidade própria e assumem aspectos peculiares da personalidade alheia.

É o caso do digitador Vlademir Dorigon, de 22 anos. Ele é fã de Star Wars, série de filmes de ficção criada por George Lucas no final da década de 70. Vlademir participa do 501st Legion, o único fã clube da saga reconhecido pela Lucasfilm, produtora responsável pela série. Pelos números, dá para ver que a saga cativa verdadeiras legiões.

São mais de 3.900 membros espalhados em 40 países. Para fazer parte, é preciso ter uma fantasia de algum personagem aprovada por uma equipe nos Estados Unidos. No caso, a persona adotada por Vlademir é um storm trooper, guarda das fortalezas imperiais e faz-tudo dos serviços do mal.

Como bom fã, Vlademir coleciona bonecos da série. Tem 22 miniaturas – desde Luke Skywalker até Darth Vader, passando por Mestre Yoda e companhia. Ele se diz um fã pé-no-chão. "Eu me considero um grande fã, não um fanático. Se você não curte, é sua opinião."

Embalado pela exposição dedicada à séria aberta no Parque do Ibirapuera, Vlademir aceitou o convite de uma rede de TV para passear no metrô com as fantasias da série junto com outros amigos aficionados. "Tinha gente que saía correndo quando nos via. As pessoas ficavam assustadas, admiradas, queriam tirar foto. Vai da ocasião", ele conta.

Outro fã da mesma série é o autônomo Marlon Moreira Ferreira, de 28 anos. Assim como Vlademir, Marlon faz parte do 501 Legion e também assume uma personagem de um storm truper. "Lembro de ainda criança assistir aos filmes, sentado na sala. Olhava aquelas naves pela televisão e achava tudo o máximo", comenta Marlon. Seu hobby é compartilhado pela família. Junto com ele, a esposa Sarah Helena ensaia uma fantasia, embora ainda não faça parte do fã clube. Além disso, eles se divertem deixando o filho caracterizado como os ídolos.

Apesar da diversão, Marlon vê alguns problemas na paixão pela série. "Você faz uma fantasia para entrar no fã clube. Mas, ao longo do tempo, você vai vendo outras e vai querendo sempre mais, vira um vício", comenta. O próximo passo, segundo ele, é fazer uma fantasia de Lord Sith, uma espécie de oficial do Império Galático. "Paixão gera custos", arremata.

Já a estudante universitária Ariane Dandara é apaixonada por música pop. No topo de suas preferências estão Madonna, Britney Spears, Justin Timberlake e Pink.
O mini-escritório da casa de Ariane é repleto de pôsteres de todos eles, mas ela pondera o vício. Se ela é uma fanática? "Sou e não sou", ela responde. "Não fico uma semana sem ver se eles lançam algo ou como está a carreira, mas não deixo de viver a minha vida por causa disso."
Ariane, que tem a letra das músicas na ponta da língua, admira a forma como cada um trata alguns temas, como drogas e sexo.

A estudante também conta que se vivesse nos Estados Unidos, não perderia a oportunidade de ir ao show de seus ídolos com freqüência. Assim como milhares de outros fãs, ela não se conforma com o fato deles virem ao Brasil tão raramente. "Eles não compreendem que aqui tem um enorme público que admira o trabalho deles e faria de tudo para vê-los", diz.

Um gosto um pouco diferente tem o químico Kauê Gomes Machado. Ele é apaixonado por automobilismo desde 1994, quando tinha cinco anos. De lá pra cá, acompanha as corridas assiduamente. "Meu domingo não existe", ele brinca. "Ou é comigo no autódromo ou é ouvindo corrida."

Porém, a Fórmula 1 não é sua categoria preferida. "Por incrível que pareça, prefiro Fórmula Indy", admite. Entre seus pilotos de estaque estão Gil de Ferran e Alex Zanardi. Por conta da paixão pelos carrões, Kauê aproveita para colecionar miniaturas e revistas sobre o assunto.
Kauê é uma espécie de ovelha negra. Na família dele, ninguém sequer suporta corridas. Então ele discute o assunto em fóruns e sites especializados, mas para ele, não é todo mundo que sabe das cosias. "Alguns até dão uns palpites, mas não entendem [de corrida], então nem dá para discutir, finaliza.


Equilíbrio no esporte é vantagem

Tricolor. Fenômeno. Timão. O Rei. Porco. Gaúcho. Peixe.

Estas são palavras conhecidas do vocabulário de quem ama futebol. E não diferente de fãs de ídolos do cinema e da música, torcedores de clubes brasileiros não passam despercebidos no quesito tietagem. Há quem não corte os cabelos durante campeonatos, ou os mais radicais que insistem em usar a mesma roupa íntima em dia de jogo. O motivo: eles garantem que dá sorte.
"Superstição não faz mal. Se a pessoa acredita que aquilo traz alguma coisa positiva e não prejudica ninguém, não tem problema", garante o psicólogo especializado em esportes, Raphael Zaremba. Ele mesmo já foi esportista profissional na adolescência, mas resolveu se dedicar à carreira médica. Aos 31 anos conseguiu conciliar a carreira e a paixão. "A Psicologia do Esporte permitiu unir útil ao agradável", diz Zaremba.

Sergio Oliveira, 34, conhecido como "Serginho ABC" é um dos diretores da subsede da Gaviões da Fiel (torcida organizada do Sport Club Corinthians Paulista) no ABC. "Meu clube é minha vida, minha história e meu amor. Sou da quinta geração de torcedores e associado há 22 anos", conta Oliveira. Ele garante que a paixão nunca atrapalhou sua rotina, mas já fez muito pelo time: "A maior loucura que fiz até hoje foi viajar 72 horas de ônibus pra ver o Timão jogar no Chile pela Libertadores, em 1997", conta.

A importância dada a uma atividade esportiva deve estar dentro do limite razoável de cada um. Mas há casos em que pessoas passam desse ponto. "O esporte mexe com emoções o tempo todo. Tanto para o atleta quanto para o torcedor. Porém, quando passa pra um ponto quando a pessoa sofre, fica deprimida, aí a pergunta é: será que tem essa importância toda?", questiona o psicólogo.

"Acho que sou fanática pelo Tricolor [São Paulo Futebol Clube]. Não posso perder um jogo, fico muito nervosa, falo até palavrão. Se perde fico nervosa, mas extasiada quando ganhamos. Na verdade, eu e meus irmãos sofremos e comemoramos juntos. Parece que isso une a gente", conta Pamela Moraes, 21.

A "paixão nacional" pode ser de família, por influência de amigos ou simpatia e a comoção é geral. Choram, gritam, torcem unidos. Para os jovens Rafael Diniz, 13, e Giulia Muneratto, 12, amigos e torcedores do Palmeiras, todo jogo é um evento. "O mais legal é ter todo mundo reunido torcendo para o time ganhar", fala Rafael.

O psicólogo explica: "Na multidão ou em grupo há uma série de comportamentos que talvez você isolado não fizesse. Mas, como está com milhares de pessoas ao seu redor com comportamentos parecidos, você é legitimado".


A VIDA EM JOGO - O fanatismo pelo esporte, assim como qualquer outra obsessão, está relacionado ao sofrimento humano, àquilo que pode lhe causar dor. Física ou emocional. "Quando seu sofrimento por um time desencadeia violência ou depressão, temos um problema", explica Zaremba.

"Muitos torcedores apaixonados vêem no esporte uma válvula de escape para muitas coisas", declara Zaremba. Ele explica que, para muitos torcedores fanáticos, o que está em jogo vai muito além de um campeonato. "O esporte é semelhante à nossa vida. No caso do futebol você vê sua vida em 90 minutos; existem adversário, que são aquelas pessoas que querem te atrapalhar, a autoridade representada no árbitro".

Porém, assim como na vida real, às vezes se ganha e outras vezes se perde. "A frustração para quem enxerga, sem saber, dessa forma é muito grande. A pessoa pensa ‘mais uma coisa na sua vida não deu certo’ e a tristeza é certa, porém, fora de propósito", esclarece o psicólogo.


MEU TIME, MEU AMOR - Aos 32 anos, o motorista José Cassundé Costa Segundo não titubeia e confessa: "Já faltei no trabalho para ver jogo do Timão. Hoje não faço mais isso, mas também não me arrependo". Ele e o irmão são corinthianos. Tão fanáticos que conseguiram convencer o pai, são-paulino, a mudar de time.

"Quando casei já avisei a minha mulher sobre minha paixão. Ela já acostumou e não tem ciúmes, mas reclama quando não quero sair porque tem jogo. Até consegui que fosse comigo em um jogo. Não gostou muito por causa da confusão, mas tudo bem". Ele complementa: "Depois da família, meu time é a coisa mais importante. Trabalho, dinheiro, tudo depois".

O sofrimento do torcedor apaixonado é grande e cada perda é um momento de decepção. "Sim, o seu clube do coração perde, mas sempre há um campeonato para suprir o outro. Nunca é um final definitivo, pois sempre há outra coisa acontecendo na outra semana", finaliza Zaremba.


Psicóloga explica os limites entre paixão e fanatismo


O termo fanático pode ser definido como "obcecado por alguma coisa" ou "aquele que possui um conteúdo obsessivo". É claro que nem todos que possuem uma paixão ou hobby devem se preocupar, porém é necessário tomar alguns cuidados para evitar que isso acabe consumindo boa parte do dia-a-dia e sempre buscar ajuda quando perceber que o sentimento já não faz assim tão bem.

A psicóloga com especialização em psicossomática, Sueli Moura Soares alerta. "No fanatismo, a pessoa acaba achando normal o seu próprio comportamento, por isso na maior parte das vezes ela demora a pedir ajuda. Isso depende muito da percepção e do estágio da patologia do paciente".

Segundo ela, na maior parte dos casos as pessoas acabam procurando o tratamento quando percebem que o seu fanatismo acaba gerando o que é chamado "zona de desconforto", ou seja outras pessoas se sentem incomodadas com suas atitudes.

O principal ponto a ser avaliado é quando a obsessão acaba fazendo com que o "eu racional" desapareça. São pessoas que criam uma espécie de personagem para viverem paralelamente ou fazem do seu fanatismo a sua razão de viver. "Quando uma grande torcida assiste a um jogo, grita e torce junto, aquele comportamento é considerado normal dentro daquela situação", diz Sueli. "Por meio disso cria-se um modo de agir quase instintivo, deixando de lado o seu próprio ser. Cria-se o que o psicólogo Jung [1875-1961] chamava de ‘sombra’, e isso faz com que a pessoa esqueça de si pelo menos por aquele momento", explica.

Ao contrário do que algumas pessoas acreditam o fanatismo não é hereditário. O que pode existir é uma carga genética, ou seja, a pessoa que convive com um fanático cria uma probabilidade maior de desencadear uma obsessão.

O comportamento fanático ou obsessivo pode se tornar a princípio uma neurose e, nos casos mais graves desencadear uma patologia séria. No primeiro caso, denominado por Sueli como "dentro do nível de normalidade", o tratamento é realizado com terapia psicológica.

Nos pacientes mais graves é necessário uma intervenção psiquiátrica e em determinados casos até medicamentos. "É muito dolorido mexer nesses conteúdos, é necessário criar uma zona de conforto para esse paciente para que possa ser trabalhado o emocional e então removido todo o processo de fanatismo", finaliza Sueli.

4 de junho de 2008

Entrevista com o músico Russo

Não esqueço de onde eu vim...
Matéria produzida para o Rudge Ramos Jornal

Mesmo quando o sucesso é alcançado, alguns artistas não esquecem suas origens. O músico Russo é um exemplo. Nascido em Santo André e com mais de 20 anos de carreira, é conhecido em toda a região. Fez diversas apresentações para aberturas de shows de nomes como Capital Inicial, Ira!, Nando Reis, Zé Ramalho e Skank e bandas internacionais como o Nazareth, além de sua participação no programa Raul Gil, que o levou ao reconhecimento nacional.
Em sua juventude foi guitarrista de várias bandas e no ano de 1999 iniciou a carreira solo. “Quando comecei, tinha auto-estima baixa perante a relação do artista com mídia”, diz o cantor. Segundo ele o estímulo ao artista por parte da mídia é fundamental para o crescimento. Esse incentivo era grande preocupação para Russo, porém com o tempo percebeu que tudo era diferente: “Aprendi a curtir o fato de simplesmente tocar e fazer o meu melhor” afirma Russo.
Durante a sua carreira Russo pode observar a existência de um estereótipo para que o músico alcance o sucesso. Segundo ele, até os próprios artistas acreditam que o fato de serem do ABC os atrapalha na carreira e que as conquistas só podem ser realizadas na cidade de São Paulo. Deste modo, os próprios músicos esquecem do seu próprio talento e culpam o lugar da onde vem ou aonde está pelas suas decepções. “Hoje as pessoas pensam que eu falo isso só porque tive sorte. Na verdade o segredo está dentro de você. Você tem que acreditar que é possível realizar seu sonho nascendo aqui ou no interior”.
Apesar da posição de alguns músicos, Russo afirma que o maior incentivo a sua carreira veio dos moradores da região, que é o seu berço, o lugar onde as pessoas o cativam. “Só tenho a agradecer as pessoas que me acolheram. O ABC é tudo para mim”, afirma o cantor. O público fiel lota os shows de Russo, sejam em teatros, parques ou mesmo nas noites da região.
É todo esse carinho que faz com que Russo, mesmo com o sucesso, continue a se apresentar na noite do ABC. Embora queira desenvolver seu trabalho cada vez mais, o contato com o povo é muito gratificante para o músico: “Às vezes estou em palcos enormes, mas eu desço e vou para o meio do povo e é incrível. Acho que nunca vou deixar de fazer isso”.
A paixão com que Russo faz seu trabalho nas noites do ABC faz com que o mesmo não se importe em dividir a atenção com outros fatores. As pessoas saem não só para ouvir uma boa música, mas sim para comer, beber, conversar com os amigos. O cantor está tão acostumado que a sua primeira experiência de shows em teatros foi a princípio assustadora. “Não tinha garçom, nenhuma porção de queijo provolone, não tinha nada. Eu pensei: Será que o pessoal vai vim me ver?” brinca Russo. E mais uma vez ele foi surpreendido. Todos os ingressos haviam sido vendidos três dias antes e aproximadamente 400 pessoas assistiram a apresentação.
Para os músicos que desejam ter uma carreira e já passaram por frustrações, Russo conta a sua experiência “Quando eu comecei, por vários momentos eu falei não... a minha vida é só isso aqui mesmo,só tocar em barzinho. As pessoas tem isso, eu conheço muitos músicos que estão com essa síndrome na cabeça até hoje”. Segundo ele o maior segredo é acreditar em si mesmo e ser verdadeiro: “Se você não for verdadeiro a frustração vai ser tão grande que você vai parar de cantar e vai mudar de profissão, porém se o artista foi verdadeiro ele se alimentará do próprio sonho e ele o moverá até a realização do mesmo sonho pois esse jamais pode morrer”.

14 de abril de 2008

Camila

por Douglas Carvalho

Usar peruca não é das coisas mais confortáveis do mundo. Mas a menina só foi perceber isso na hora em que a fantasia ficou pronta. Ou quase pronta: ainda faltavam os óculos de lentes roxas. Agora sim. Praticamente uma Mutante com o cabelo cor de salsicha.


A réplica que Camila Diniz fez da Rita Lee ficou mais divertida do que fiel. Mas não importa. Junto com ela na encenação teve Elvis Presley, Baby Consuelo, Virginia Woolf com o cigarrinho na mão – aquele cigarrinho...

No caminho do palco, Mick Jagger faz um sinal de jóia para desejar boa sorte silenciosamente. Rita-Camila faz um sinal da cruz – religiosa como sempre – e manda bala na apresentação. Os anos 60 não seriam a mesma coisa sem essa turma. Nem os anos 60 nem o começo dos anos 2000. Só que desta vez, a turma era de mentirinha, num dia de festa no Colégio Coração de Jesus, onde cada um tinha que incorporar uma personagem.

Mas a personagem de Camila durou muito mais do que os minutos na frente da platéia. Na verdade, ela já nasceu na pele da persona. Mas não na da Rita Lee “Uma incógnita, eu diria”, brinca com a situação. A frase guarda um grande trocadilho: Incógnitas era o nome da banda que ela fazia parte. Qual foi o motivo do fim do grupo? “Bom, isso é outra incógnita”.
Com saudades, ela relembra: “Era banda com bê maiísculo. Tinha de tudo. Até uma moça que fazia percussão com latinha de pomarola”.

A música faz parte da sua vida desde cedo. Seja entre os amigos, entre os ídolos da adolescência – que ela leva até hoje – ou nas manhãs de domingo, quando faz parte da banda que toca na igreja. Quer conhecer o som? É só visitar as missas da Catedral do Carmo. Ou ler algumas matérias do Jornal da Paróquia. Além da música, esta é outra paixão da jovem Camila: o jornalismo.

Os desejos da garota misturam os sonhos de menina com os objetivos profissionais: conhecer Jon Bom Jovi. Fã declarada desde os tempos de It’s my life, quem sabe além de conhecê-lo, fazer uma entrevista e ganhar uma capa de revista. Enfim, planos para o futuro. Emoção parecida, provavelmente só quando ela estava presente na visita do papa Bento XVI ao Brasil. A religião ela não larga nunca. Quem sabe estes planos todos venham na forma de dádivas dos céus. Ela aguarda. Mas enquanto isso continua trabalhando.

16 de março de 2008

Produzindo...

Bem, realmente eu esqueço de escrever aqui. Então para atualizar um pouco deixarei os links dos trabalhos realizados na faculdade. São Videoreportagens produzidas para o Jornal da Metodista.

Mulheres e perspectivas para o futuro:

Pauteira: Anna Vesely
Repórter: Ana Raquel Samadello
Editora: Camila Diniz (!!!)

http://mais.uol.com.br/view/9p4y0ig452qu/populacao-feminina-em-sbc-e-95-maior-que-a-masculina-040262C8C103A6?types=A&

Aumento dos impostos nos alimentos da cesta básica

Pauteira: Ana Raquel Samadello
Repórter: Camila Diniz (!!!)
Editora: Anna Vesely

http://mais.uol.com.br/view/9p4y0ig452qu/impostos-aumentam-preco-da-cesta-basica-em-24-040268D4A96386?

13 de maio de 2007

Mensagem

Depois da visita do Papa ( o texto ainda não ficou pronto, são muitas coisas a falar) e dos momentos vividos, conheci neste sábado o Pe. Juarez de Castro que esteve presente na Catedral. Uma pessoa maravilhosa, um padre contagiante. Nunca tinha visto uma celebração igual.Apesar da correria das pessoas que queriam chegar perto, conversar, tirar fotos, ele me concedeu uma pequena entrevista e deixou essa mensagem:


“Para que vocês continuem sendo essa igreja vibrante e atuante. Uma Igreja que realmente se coloca aos pés do Senhor para escutar e se coloca depois como missionário. Isso é muito bonito. Que vocês continuem sendo assim. E deixando que Nossa Senhora abençoe agora e sempre”


Ok ok... eu também pedi uma foto....


Retorno

O blog estava esquecido...eu sei... e me culpo por isso. Decidi então para que eu consiga atualizar com mais frequência não colocar textos apenas literários, frutos da imaginação ou de momentos de raiva ou fraqueza. Não vou mais escrever para os outros, vou escrever para mim, e prometo que não darei mais a mesma desculpa...


É falta de inspiração.

5 de setembro de 2006

O grito

Sinto-me velha. Não tenho mais a disposição que apresentava antigamente. Sentada vendo o tempo, poeira, tudo passando.Será que o fato de avançarmos para uma nova etapa traz tanta falta de otimismo? Será que as obrigações me subiram tanto a cabeça para que eu não consiga enxergar mais nada? E a poeira passa... Tento esconder com ela as falhas dos outros, além das minhas é claro, mas ela sempre passa. Eu permaneço, apenas eu. Enrijecida, como uma pedra.
Em um dos raros momentos em frente a televisão, fiquei sabendo que a obra O grito, de Edvard Munch tinha sido encontrada. Quem nunca teve um livro na escola que apresentava essa pintura. Apesar disso, nunca tinha observado com atenção o tamanho da angústia que ela traz, a tentativa de libertação através da voz que não sai da tela. Hoje me sinto como o grito, parado, angustiado, tentando, na esperança que alguém possa observar com mais atenção.